Um Projeto em Continuidade e Atualização…
Hoje o ambiente digital é muito diferente do de 2006, quando surgiu a rede EU Kids Online, então com 17 países entre os quais Portugal. O “computador de torre” ligado à internet estava na sala de estar e o seu uso decorria sob (suposta) vigilância da família. Não havia redes sociais, mas a preocupação pública já ia para conteúdos e contactos indesejados.
Hoje proliferam os meios digitais móveis e aplicações de inteligência artificial explodem em diversidade. Adolescentes estão na linha da frente no seu uso e exploração.
Mas o que sabemos realmente sobre os seus usos, riscos e oportunidades, literacias e mediações da família, dos pares, da escola e da comunidade?
Resultados dos inquéritos pan-europeus (em 2010 e 2018) mostraram que os riscos não decorrem apenas de conteúdos e contactos indesejáveis. Decorrem também de condutas de pares e de contratos que incitam a partilhar dados pessoais. Estas conclusões influenciaram políticas públicas de segurança, como o programa Uma internet Melhor para as Crianças, da Comissão Europeia.
Hoje, à intensificação da penetração tecnológica (Inteligência Artificial, dados biométricos, análises preditivas…) nos quotidianos juntam-se algoritmos que permanentemente convidam a estar ligados.
Em vez de proibir o acesso de crianças e adolescentes perante tantos riscos, importa conhecer para capacitar. Têm o direito a estar protegidos, a aceder a meios e conteúdos adequados à sua idade e a poder participarem num contexto que é o do seu tempo.
Para isso, em 2025 a rede EU Kids Online está a realizar um novo questionário pan-europeu e a realizar estudos sobre adolescentes e Inteligência Artificial e sobre questões de Cidadania.
Às entidades que tornaram possível a participação de Portugal (Fundação Calouste Gulbenkian, Associação DNS.PT e Fundação Millenium), os nossos agradecimentos.
Histórico da participação de Portugal na rede europeia: